Muitas vezes, ao vermos uma campanha publicitária, observamos e elogiamos (ou criticamos) a criação do anúncio, ou seja, sua direção de arte e redação. Porém, não só de criação uma campanha é sustentada: sua eficiência depende de outros fatores que têm suas importâncias particulares. Estou aqui para defender essa área da publicidade que tanto admiro, a área na qual faço estágio hoje e pretendo trabalhar nela enquanto for publicitário: a mídia.
QUERO MÍDIA E NÃO CRIAÇÃO
Alguns estudantes começam a faculdade sem conhecer direito essa área e, conversando com veteranos, podem até criar uma antipatia sem antes conhecê-la, já que, quando se fala em mídia, logo se associa à matemática. E como só estudamos a matéria por volta do terceiro ano, cria-se um preconceito durante este período.
Confesso que enquanto não conheci de perto o trabalho de um profissional de mídia, mantive certo receio. Porém, bastou aguçar minha curiosidade para que eu fosse atrás de conhecer um pouco mais essa área e logo começar a estudar sobre os melhores pontos de outdoor da minha cidade, bem como o perfil dos leitores dos jornais locais, como calcular a centimetragem do jornal ou da revista, enfim, toda a rotina do profissional de mídia.
E aceite uma coisa, caro blogandeiro: mídia não existe sem cálculos! Isso não foi um consolo? Felizmente os cálculos necessários não têm nada de novo em seus conhecimentos aritméticos, só é necessário um pouco mais de prática. Então vocês me olham com uma enorme expressão de espanto, perguntando a vocês mesmos: o que leva uma pessoa a especializar-se em mídia? É muito simples e eu respondo: mídia também é criação!
Assim como a dupla de criação passa horas pensando em arte e textos perfeitos, o profissional (ou estagiário) de mídia precisa quebrar a cabeça para encontrar soluções criativas e meios diferentes para apresentar aos clientes. Rádio, revista, TV, outdoor (nas cidades onde ainda são liberados) são mídias convencionais, de uso rotineiro. Agora, tente apresentar e, o pior, convencer aquele cliente cabeça-dura a experimentar meios novos, como bikedoor, advertainment em casas noturnas, enfim, tente inovar… não é fácil!
AMARURECENDO SUAS IDÉIAS
Enfim, se para ser um bom profissional de criação você precisa ter uma boa “bagagem” pessoal de informações, em mídia não é diferente. Aliás, todo publicitário deve ser curioso, deve perguntar, deve ler muito, deve ter necessidade de conhecer tudo, conhecer as novidades do mercado, pessoas novas, novas tendências, enfim, precisa atualizar-se sempre. Para tanto, confirmo a teoria do Iuri (ver “Criatividade não nasce em árvore”) e reforço: leia muito, procure livros, sites, blogs, assista televisão, filmes, procure fazer tudo isso com olhar profissional, analisando o roteiro, fotografia e tudo mais. Depois de um tempo de treino, tudo isso torna-se um hábito e você acaba fazendo por prazer. E, acima de tudo, tenha relacionamentos – se possível com alguém que já trabalha na área – faça amizade com alunos que estagiam em agências, participe de Fest’Ups, eventos voltados para universitários, seminários e palestras que a faculdade muitas vezes oferece. Utilize sites de relacionamentos para manter contato com essas pessoas e, assim, trocar informações, dúvidas e experiências.
Afinal, ninguém nasceu sabendo, todos nós tivemos que batalhar para conseguir aquilo que tanto almejamos. Então, se você sonha com uma carreira promissora, sonha em ser um profissional bem sucedido, comece a correr atrás desse sonho o quanto antes. Porque, como já sabemos, nunca é tarde nem cedo demais para começar a aprender.
Reinaldo Luiz MásEstudante de Publicidade e Propaganda
UNIMAR – Universidade de Marília
masreinaldo@yahoo.com.br
UNIMAR – Universidade de Marília
masreinaldo@yahoo.com.br
Fonte: http://bloganda.com.br